Neste Outubro de Luta tem Greve Nacional! Os petroleiros vão parar tudo no próximo dia 29

                                                               

Agora é greve! Essa foi a decisão da direção da Federação Nacional dos Petroleiros reunidos nesta sexta (23), no Sindipetro-RJ. A partir das deliberações de construção da greve aprovadas nas assembleias dos cinco sindicatos que compõe a Federação e devido a falta de resposta da empresa mesmo com todas as mobilizações da categoria, a diretoria da FNP definiu o dia 29 de outubro como data de início da greve nacional dos petroleiros.

O movimento denuncia o Plano de Desinvestimento de Dilma/Bendine e os PLs contra a exploração estatal do pré-sal. Na avaliação dos petroleiros, essas propostas atacam centralmente a caráter público da Petrobrás, ameaçam postos e condições de trabalho e aprofundam a privatização do petróleo brasileiro. A pauta de reivindicações ainda destaca a luta pelo ACT sem cortes de direitos e com aumento real, o estabelecimento da mesa de negociação unificada com todas as subsidiárias da Petrobrás e o posicionamento contrário às demissões dos terceirizados da companhia.

Desde o dia 24 de setembro, a FNP vem fazendo mobilizações por todas as bases que compõe a Federação buscando avançar na construção rumo à greve nacional unificada da categoria. A Petrobrás insiste em não apresentar nova proposta para dialogar com os trabalhadores. 

Reafirmando a pauta histórica da categoria protocolada junto à Petrobrás, a FNP e seus sindicatos encaminharão à companhia na próxima segunda (26) documento com pontos fundamentais, igualmente aprovados em Congresso da Federação, como ponto-de-partida de negociação. Este tem como base o Acordo Coletivo vigente, sem prejuízo de nenhuma das suas cláusulas, já prorrogadas pela Súmula 277 do TST. Esta ação reforça a vontade da categoria em demonstrar disposição para negociar.

Umas das iniciativas apontadas pela FNP como orientação para intensificar as mobilizações é a orientação para que todos da EOR – Equipe Organizacional de Respostas (brigadistas), regulamentados pela NR20, renunciem até a assinatura do ACT. Esses trabalhadores da Petrobrás exercem esse serviço voluntário ganhando em troca um dia de folga, só que mesmo este único incentivo recebido por arriscarem suas vidas em situações de emergência vem sendo negado pela companhia.

Esta iniciativa serve também como resposta dos trabalhadores a todas as retaliações ocorridas durante as mobilizações, tais como assédio, força policial ostensiva, corte de transporte, corte de direitos e, por último, frente à redução arbitrária do pagamento das horas extras de feriados previstos no ACT vigente.

A reunião também aprovou a produção de uma carta aberta à população para explicar os motivos da greve e convocar a sociedade a se solidarizar com este movimento que precisa ser de todo o povo brasileiro em defesa da Petrobrás 100% pública e estatal.

Na noite de sexta-feira, 30 de outubro, os sindicatos que integram a FNP irão fazer uma reunião de reavaliação da continuidade da greve. A disposição da categoria diante da intransigência da Petrobrás é radicalizar o movimento até que a companhia apresente uma resposta. (Com a Conlutas)

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