Sobre as ameaças fascistas ao PCB e ao nosso camarada Mauro Iasi

                                                                     
                             
                               Não temos ilusões! Não nos intimidamos!

                                        (Nota Política do PCB)

O PCB, agradecendo a imensa e espontânea solidariedade que nos tem chegado desde um amplo campo político progressista e democrático, repudia os ataques realizados por meio virtual ao dirigente de nosso Partido, o camarada Mauro Iasi, por meio de comentários em sua página pessoal contendo ofensas, ameaças de agressão e até de morte, destilando o velho ódio anticomunista que caracteriza os segmentos reacionários e conservadores.

Desta vez, os ataques foram motivados por uma fala de nosso dirigente por ocasião de um congresso sindical no qual representou o PCB na mesa de abertura em que se discutia a conjuntura nacional. A posição do PCB, explicitada em nossas declarações e documentos, é a de combater a extrema direita e suas aventuras golpistas sem conciliar com o reformismo governista. Desta maneira, o que foi dito pelo camarada, há meses amplamente divulgado, na íntegra, nos meios de comunicação do PCB, destacava o fato de que o governo apresenta disposição de diálogo com propostas conservadores e neoliberais, como a chamada Agenda Brasil, ao mesmo tempo em que ignora solenemente a pauta dos que um dia constituíram sua base social.

O que se alertava na análise era o risco de se confiar nos setores conservadores, uma vez que estes não estão de fato propondo diálogo algum, expressando apenas, como é de sua natureza, os interesses do capital, a intolerância, o preconceito e seu profundo ódio de classe contra os trabalhadores e suas expressões políticas. Mauro terminou sua fala referindo-se a um poema de Bertold Brecht que trata exatamente desta questão, quando afirma que não devemos ter ilusões, pois, não importando as boas intenções, na luta de classes a direita fascista quer é nos destruir, como em tantas oportunidades históricas demonstraram e, por isso, temos que estar preparados para nos defender.

A extrema direita, descontextualizando e manipulando a fala, tenta criar um factóide no qual defenderíamos um “genocídio”, o “assassinato de todos os que não concordem com o socialismo”, sendo o PCB “uma ameaça a todos os brasileiros”.

Não podemos esperar que a direita fascista entenda metáforas e muito menos poemas. Reafirmamos que com estes setores não temos e não queremos diálogo nenhum, porque não temos ilusões: são nossos inimigos e sempre estarão dispostos a usar de todos os meios para nos aniquilar. Em nossa história, nunca foram os comunistas que romperam com a legalidade e interromperam processos democráticos, como em 1964. Pelo contrário, fomos duramente atacados tendo dezenas de nossos dirigentes mortos e desaparecidos pelos órgãos de repressão, assim como centenas e mesmo milhares de militantes presos, torturados e assassinados por estes senhores que posam de ofendidos quando alguém revela sua verdadeira e repugnante face.

É importante lembrar que, sob o manto enganoso do anticomunismo, uma vez estabelecida no Brasil, a ditadura do grande capital, a serviço do imperialismo, atacou indiscriminadamente militantes estudantis, socialistas, cristãos, liberais, democratas e, principalmente, a classe trabalhadora, estabelecendo um regime fundado na corrupção, no terror, na violência e no medo.

Continuaremos nos enfrentando na luta de classes que opõe, de um lado, os que defendem os interesses históricos dos trabalhadores e das massas populares e, de outro, os que se aliam aos interesses da grande burguesia, da qual os direitistas de ontem e de hoje são fiéis serviçais.
Não nos intimidaremos. As manifestações raivosas da extrema direita, com ameaças de agressão e morte, de tortura, xingamentos, destilando preconceitos homofóbicos, apenas comprovam de forma cabal o que foi afirmado em nossa análise, ou seja, com a extrema direita não há diálogo.

20 de outubro de 2015

Partido Comunista Brasileiro
Comissão Política Nacional

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