Bolivia inaugura Escola militar anti-imperialista, junto com Venezuela e Nicarágua

                                                           
Quarta-feira, foi inaugurada na Bolívia a Escola Anti-imperialista dos Povos de Abya Yala (América).

Com aulas de Teoria e Geopolítica do Imperialismo, a escola anti-imperialista é aberta àqueles que queiram ascender ao grau de capitão.

Esta escola foi criada com a intenção de que os membros da instituição castrense que queiram ascender ao grau de “capitão geral das Forças Armadas”, passem primeiro por uns cursos “anti-imperialistas”.

Na escola se ensinará uma doutrina “anti-imperialista” aos altos comandos oficiais.

O ministro de Defesa da Bolívia, Reymi Ferreira, confirmou a presença dos ministros de Defesa Vladimir Padrino López e Martha Ruiz Sevilla, da Venezuela e Nicarágua respectivamente, e ainda aguarda que seu homólogo equatoriano, Ricardo Patiño, dê resposta sobre sua participação no evento.

Também participará Atilio Borón, um sociólogo argentino e, quem ditará o primeiro módulo na escola militar.

A proposta feita em 2015 pelo presidente boliviano Evo Morales, se materializará em Santa Rosa del Paquío, Santa Cruz, onde anteriormente se encontrava um treinamento para missões de paz das Nações Unidas.

Dentro das matérias que se verão na instituição militar, se encontram: “Teoria do Imperialismo, Geopolítica do Imperialismo, Geopolítica dos Recursos Naturais e Estrutura Social Boliviana”, entre outras.

O nome da escola será o do ex-presidente boliviano da corte militar Juan José Torres (1970- 1971), já que foi quem expulsou o Corpo de Paz dos Estados Unidos e foi próximo dos movimentos de esquerda.

O ministro de Defesa da Bolívia se expressou contra os opositores que questionam a abertura da instituição, considerando-a “um excesso do Governo”.

“Como eles estão acostumados a viver de joelhos, estão sempre com essa perspectiva dos traidores da pátria, de considerarem-se inferiores e subordinados a outras potências. Tudo isso os preocupa e dói, pois é demasiada luz para seus olhos que exista a possibilidade de sermos soberanos e independentes”, disse.

A escola militar anti-imperialista tem como objetivo a construção de uma nova Força Armada baseada nos princípios de solidariedade e respeito ao povo.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, inaugurou a Escola Anti-imperialista dos Povos de Abya Yala (América) no município de Warnes, do departamento oriental de Santa Cruz, em ocasião do Dia da Bandeira.

A instituição funcionará na localidade de Santa Rosa de Paquío, onde antes existia um centro de treinamento para as missões de paz da ONU e levará o nome do ex-presidente militar Juan José Torres (1970-1971), que expulsou o Corpo de Paz dos Estados Unidos e foi próximo dos movimentos de esquerda bolivianos.

A iniciativa de criar a escola foi lançada em 2015 pelo presidente Evo Morales, que lembrou que antes existia a Escola das Américas, uma instituição militar operada pelos Estados Unidos, onde os militares latino-americanos eram ideologizados.

Nas palavras do mandatário boliviano, a escola anti-imperialista será um centro para revisar a história de como os países da América Latina e do mundo têm sido submetidos. “É nossa obrigação criar esta escola que recupere ideologicamente nossa identidade”.

O ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana, indicou que o centro de estudos fortalecerá o papel das Forças Armadas a serviço do povo e a defesa da soberania nacional frente ao imperialismo.

O ministro de Defesa da Bolívia, Reymi Ferreira, destacou a participação no ato de seus homólogos da Nicarágua, Martha Ruiz, e da Venezuela, Vladimir Padrino López.

Segundo Ferreira, o objetivo do centro é assegurar que nunca mais um militar boliviano dispare contra um civil, nem permita que estrangeiros venham e roubem os recursos naturais do país.

O ministro da Defesa assinalou que aqueles que criticam a escola “anti-imperialista” o fazem porque os preocupa que as Forças Armadas bolivianas tomem consciência e não voltem a ser “dependente a nenhuma potência”.

Evo Morales destacou luta indígena contra o imperialismo

O presidente da Bolívia, Evo Morales, refletiu sobre a luta de resistência indígena e dos movimentos sociais contra o imperialismo.

Durante seu discurso, quarta-feira, na inauguração da escola anti-imperialista Juan José Torres, o presidente da Bolívia, Evo Morales destacou a luta e a resistência dos povos indígenas latino-americanos contra os impérios europeus e estadunidenses.

Morales disse que a luta contra o imperialismo dos povos indígenas latino-americanos vem desde os tempos da colônia espanhola e que a resistência continua até hoje, contra os planos intervencionistas dos Estados Unidos.

O mandatário boliviano destacou que os impérios foram criados para submeter os povos e saquear as riquezas e recursos naturais. Por sua vez, lamentou que existissem na região aqueles que apoiam as ideias intervencionistas e imperialistas.

Evo defendeu que os impérios se sustentam com base na submissão dos povos e saqueio dos recursos, se opõem ao direito à soberania e autodeterminação dos povos.

Expressou, “os impérios não acreditam na soberania popular e digo que as estratégias imperialistas atuais se baseiam no controle energético e tecnológico para dominar o mundo”.

Os meios de comunicação se converteram em uma poderosa arma de guerra do império para ideologizar e continuar sua política de dominação dos povos e do mundo.

Morales se referiu à criação da Escola das Américas por parte dos Estados Unidos para reeducar os militares como parte de sua estratégia de dominação e intervencionista, pondo as Forças Armadas de costas para o povo.

Assegurou que as políticas de segurança dos EUA atentam contra os povos da América Latina e do mundo.

Fonte: http://www.resumenlatinoamericano.org/2016/08/17/bolivia-inaugurara-escuela-militar-antiimperialista-junto-con-venezuela-y-nicaragua/

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)

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