Museu de Congonhas será inaugurado nesta terça-feira

                                                                                        
                                                                                                              Fotos: Leonardo Finotti 


 O Museu de Congonhas será inaugurado nesta terça-feira (15), às 10h30, em cerimônia com a participação de representantes da Unesco, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e da prefeitura de Congonhas. 

O espaço ocupa 3.500 m² de área construída junto ao Santuário Bom Jesus de Matozinhos, patrimônio cultural da humanidade. É dividido em três andares, com salas de exposição permanente e temporária, biblioteca e centro de documentação sobre o barroco brasileiro, ateliê para o desenvolvimento de trabalhos com pedra, além de loja e café. 

“O museu usa o caminho da gentileza, da reverência, da consciência e do respeito pelo Santuário. Nosso projeto teve de ser atemporal, embora seja testemunha de seu tempo e tenha orgulho de afirmar poesia, respeito, equilíbrio”, descreve o arquiteto Gustavo Penna. 

O projeto da GPA&A foi pensado para dialogar com o lugar onde foi construído, propondo um encontro entre passado e presente como forma de preservar a história para o futuro. O museu está localizado no declive natural do terreno do Santuário e, ainda que valorize o contraste com suas linhas contemporâneas, mantém o protagonismo de todo o conjunto tombado. 

Sua arquitetura harmoniza com a linguagem secular de diversas maneiras, como pela implantação neutra, sem competição volumétrica com o conjunto arquitetônico principal, o ritmo da construção, com suas aberturas, proporções, alinhamentos e altimetrias em escala similar ao do resto do conjunto e a grande base em pedra, típica da época da construção do Santuário, com uso de pedras da região.
                                                                      
                                                                Museu de Congonhas 

A parte superior da obra é leve e fluida, com paredes caiadas e pintadas com tinta mineral, a mesma usada na restauração da basílica e aprovada pelo IPHAN. Além disso, a longa e suave curvatura do prédio, que se derrama na encosta em um formato côncavo, ecoa a forma oval do edifício vizinho da histórica Romaria. 

“Estabelecemos um vínculo com o território simbólico, para preservar a solidez do acervo histórico e artístico e reafirmar esse patrimônio”, explica Laura Penna, coordenadora do projeto. No interior do museu, os recursos de instalações e luminotécnica flexibilizam e enriquecem as possibilidades de uso. 

Os espaços internos são fluidos e claros, nada fragmentado. “É o próprio barroco traduzido pela contemporaneidade”, diz Gustavo.  

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