Anistiada ex-militante da VPR Soledad Viedma

                                                                 

Neste momento, no ano em que faria 70 anos, Soledad Barret Viedma (foto) é declarada anistiada política brasileira post-mortem pela Comissão de Anistia. 

Militante da VPR, de nacionalidade paraguaia, estava grávida de Cabo Anselmo quando foi assassinada no Massacre de São Bento em 1973, por responsabilidade do próprio Anselmo. 

 ViedmaSeu corpo ainda está desaparecido e até hoje não foi expedida a sua certidão de óbito. Declarada oficialmente morta e desaparecida por responsabilidade do Estado brasileiro, Soledad agora é também anistiada brasileira por todas as perseguições que sofreu ainda em vida. Sua filha, Ñasaindy Barret de Araújo, recebe formalmente o Pedido de Desculpas do Estado brasileiro.

Soledad era neta do renomado escritor paraguaio Rafael Barrett e antes de chegar ao Brasil passou pela Argentina e pelo Uruguai, onde foi marcada a navalha aos 17 anos em Montevidéu, por se negar a gritar "Viva Hitler!". Inspirou poemas de Mario Benedetti, canções de Daniel Viglietti e livros de vários autores.

A Comissão de Anistia determinou ao cartório a emissão imediata do atestado de óbito por desaparecimento político. (Com Paulo Abrão, presidente da Comissão da Anistia)


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